No mundo pós-moderno sem referenciais de masculinidade definidos, os homens estão buscando modelos arquetípicos de “como ser homem” em várias áreas diferentes do conhecimento.
A busca mais óbvia, superficial e niilista se apoia nos imperativos biológicos de procriação e preservação da espécie, subdividindo os homens por sua capacidade de atrair fêmeas e engravidá-las.
Nessa visão simplista há duas categorias fundamentais: o homem que consegue sexo e o homem que não consegue. É bem dialético mesmo, preto ou branco, sem tons de cinza.
A coisa fica um pouco mais complexa, e talvez realista quando se define melhor o que significa “conseguir sexo”. E essa é mais a área dos PUAs, os “artistas de sedução”, mas vou fazer uma breve introdução e, provavelmente, será a única vez em que o tema de conquista e atração feminina será abordado nesse blog.
Na visão popularizada em filmes, séries, livros, novelas, doramas, etc. existem algumas maneiras de um homem “conseguir sexo”: atração genuína, conexão genuína, sedução, relação negociada e relação forçada.
Obviamente a última opção NÃO É uma opção.
O que se convencionou chamar de atração genuína é a ideia de que há homens suficientemente bonitos e/ou carismáticos para fazer com que mulheres realmente desejem estar com eles, fazer sexo com eles, receber seu material genético, procriar com eles.
A noção de conexão genuína é quando um homem e uma mulher juntos, por afinidade ou outros fatores comuns, criam uma ilusão ou fantasia compartilhada de que têm algum tipo de ligação especial, talvez espiritual, energética ou algo do tipo e essa conexão especial faz com que a mulher deseje fazer sexo com ele.
A sedução é um tipo de convencimento linguístico e comportamental em que um homem conduz uma mulher a desejá-lo e o resto você sabe.
A relação negociada ou atração negociada é quando um homem e uma mulher se relacionam por uma troca de interesses, que podem ser dinheiro, segurança, algum tipo específico de afeto etc. Isso inclui também a prostituição profissional.
Em uma adaptação baseada nas comunidades de lobos e leões, em que existe um macho alfa que lidera o grupo e os outros machos com diferentes graus de autoridade na hierarquia, criaram a ideia de homem alfa e homem beta.
Nessa simplificação que estou fazendo para situar você, leitor, o homem alfa é aquele que consegue criar atração genuína sem “fazer força”, somente sendo autêntico.
O homem beta jamais consegue atração genuína, mas pode criar conexão ou seduzir uma mulher se fingir que é um homem alfa. E pode ter uma relação negociada se fizer um esforço para agradar a mulher e tiver recursos a oferecer.
Depois dessas duas definições simplistas, que surgiram nos anos 1990, vieram outras para tentar categorizar os homens em relação à essa hierarquia de dominância.
Então passaram a denominar os homens completamente ingênuos em relação à mulheres e relacionamentos de homens gamma e homens muito feios e cheios de problemas para atrair mulheres de homens ômega.
Existe um Problema com Todas Essas Definições
Em todas essas definições, o homem se define em relação à sua capacidade de atrair uma mulher para ter relações sexuais com ele. Ou seja, todas essas definições, concorde você ou não, mantém as mulheres e o que elas desejam como centro da vida do homem.
Nenhuma dessas definições tem a ver com as virtudes cardinais de Platão ou com algum padrão moral e ético em si mesmo. É só agradar mulher, seduzir mulher, fazer as vontades da mulher…
Todo um modelo de mundo centrado na mulher, uma visão ginocêntrica da realidade.
Ou seja, todas as aparentes opções e modelos de masculinidade populares no mundo de
Recuperando o Centro da Vida
Fora dessa matrix, desse véu de ilusão criado para manter os homens cativos e escravizados, existe uma outra categoria, um outro arquétipo de masculinidade: o homem sigma.
Ele pode ser o que e quem ele quiser. Ele não liga para hierarquia, para dominância, agressividade, poder e, muito menos, para a impressão que causa nas mulheres.
O homem sigma vive para si. Ele tem um código de conduta próprio, um sistema de valores e prioridades bem definido e independente Se preocupa com suas próprias definições de boa vida, de sucesso, de realização e não se preocupa com validação externa, a não ser que decida das a alguma pessoa esse nível de importância.
Adotar o estilo de vida do homem sigma pode levar a uma vida muito mais gratificante. O homem sigma prioriza sua felicidade e bem-estar acima de tudo. Ele não vive para agradar aos outros e se contenta com sua própria companhia. Essa busca pela felicidade deixa os homens sigma mais satisfeitos com suas vidas e pode levar a uma existência muito melhor.
É uma mudança total de paradigma, tirando a mulher do centro da vida do homem e colocando ele mesmo, sua busca por virtude, satisfação e realização pessoal como objetivo maior de sua existência.
Não é fácil de adotar, mas com certeza é uma forma muito mais feliz de ser um homem na nossa sociedade caótica e sem parâmetros para nada.